
Agora que temos a tua atenção, vamos ao que interessa.
Entre 2004 e agosto de 2020 registaram-se 544 vítimas de femicídio nas relações de intimidade e relações familiares e 639 vítimas de tentativa de femicídio.
Fonte: Observatório de Mulheres Assassinadas, OMA (UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta)
Em Portugal, e nos últimos seis anos, 128 pessoas foram mortas pelos seus companheiros.
111 eram MULHERES.
16% do total de homicídios ocorridos em Portugal são em relações de intimidade.
Fonte: Relatório da Polícia Judiciária, Homicídios nas Relações de Intimidade – Estudo dos inquéritos investigados pela Polícia Judiciária
Segundo dados da APAV, 81% das vítimas de violência doméstica são mulheres.
Entre janeiro e 15 de agosto de 2020 contabilizaram-se 10 femicídios em contexto de intimidade, 25 tentativas de femicídios em contexto de intimidade e 2 tentativas de femicídios no quadro de violência doméstica contra ascendente.
Foram ainda contabilizados 10 assassinatos de mulheres noutros contextos (motivos financeiros, em sequência de assalto ou outros), 1 tentativa de femicídio por motivos de género e 1 tentativa de assassinato não relacionada com questões de género.
Fonte: Observatório de Mulheres Assassinadas, OMA – Dados Preliminares janeiro a agosto 2020 (UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta)
Média de vítimas no ano de 2019
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8394 mulheres (23 dia, 161 semana)
Fonte: Relatório Anual da APAV, 2019
Existe demasiado silêncio nestes dados.
No 25 de novembro, assinalou-se o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres.
A efeméride procura lembrar a violência que, nas suas múltiplas formas e tipologias, é exercida sobre as mulheres em todo o mundo.
Num ano marcado pela pandemia que originou um confinamento em massa da população mundial muitas foram as vítimas que ficaram ainda mais indefesas e isoladas.
Esta iniciativa, que hoje lançamos em parceria com a Junta de Freguesia de Rio Tinto e a que demos o nome de Face-OFF, é por todas elas, principalmente por ELAS. Mas também por todas as outras pessoas vítimas de violência que sofrem em silêncio, independentemente do seu género, raça ou origem étnica, religião ou crença, deficiência, idade ou orientação sexual.


Agradecemos o apoio
